Relatório Museu nacional do azulejo
Dia 28 de Setembro de 2010, a turma 10ºA da Escola Secundária Artística António Arroio foi ao Museu Nacional do Azulejo que se encontra no antigo Convento da Madre de Deus, em Lisboa, com a disciplina de Projecto e Tecnologias com o objectivo de ficar a saber mais acerca da história do azulejo e as técnicas utilizadas na sua concepção.
Agora sucedem-se descrição das informações arrecadadas durante a Visita de estudo:
O azulejo é uma barra de barro cozido, pintada e vidrada num dos seus lados. O barro é um material derivado da natureza e alterna conforme a quantidade e qualidade de misturas de ferro. A cor de barro altera-se consoante essas mesmas misturas, devido a esse facto existe o barro branco e vermelho.
Calcamos o barro ainda húmido num molde com o tamanho escolhido para o azulejo, de seguida tira-se os excessos com um raspador e depois de seco e cozido retira-se o azulejo do molde.
Depois de termos a nossa placa lisa há que começar a imaginar obras para fazermos da placa uma obra de arte, e para isso existem variadíssimas técnicas para trabalhar o azulejo:
Técnica da Aresta - Levantam-se pequenas arestas que fazem de barreira às variadas cores impedindo que as mesmas se misturem quando a peça vai a cozer. Esta técnica é geralmente feita em moldes que permitem o produção de azulejos iguais e em série.
Técnica da Corda Seca – é utilizado óleo de linhaça e óleo de manganês, que evitam que as cores se misturem durante a cozedura.
Técnica do Alicatado – a superfície é coberta e vidrada com a mesma cor, depois de cozida obtêm-se azulejos de uma só cor que são cortados em pedaços de diferentes tamanhos com a ajuda de um alicate. Faz-se uma composição com esses pedaços e construímos uma espécie de mosaico.
Técnica da Faiança ou Majólica – foi inventada em Itália, e revolucionou o mundo dos azulejos, porque passou a permitir um maior leque de opções na concepção dos azulejos pois assim o desenho nele gravado poderia ser muito mais complexo. Depois da primeira cozedura aplica-se um pó branco concebido através de óxido de estanho e óxido de chumbo. Em seguida faz-se segunda cozedura. Muitas vezes a ilustração faz-se através de uma técnica em que o desenho é feito a carvão através de papel picotado.
Curiosidades:
Os azulejos Hispano-mouriscos, foram inventadas pelos mouros, têm um resultado semelhante aos mosaicos romanos e a técnica do alicatado.
Os azulejos são cozidos em fornos cerâmicos chamados Muflas e podem chegar a estar uma semana a cozer á temperatura de 1000 graus.
O enxaquetado é usado como cobertura de grandes superfícies como as igrejas ou os mosteiros. A sua disposição é feita de forma diagonal. É usado em Portugal no século XVI até meados do século XVIII.
Portugal foi dos países pioneiros a contactar com a Porcelana Chinesa. Justamente por isso, os Portugueses vão utilizar o azul e o branco e essas duas cores marcam Portugal no que toca aos azulejos e cerâmicas no século. IIXX.
Após o terramoto de 1755 a grande novidade foi o emprego de painéis de azulejos no lado de fora dos edifícios, pertinente à necessidade imprevista da reconstrução da cidade de Lisboa o que levou também à ascensão do seu efeito estético que deu à cidade uma maior abundância e riqueza artística
As figuras de convite, eram recortadas com a técnica do alicatado, são características dos séculos XVIII e XIX. Representavam indivíduos de alto estatuto vestidas a rigor, localizadas em pontos de entrada em gesto de boas vindas ou indicando por vezes lugares da casa ou palácio onde se encontravam.
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Lurdes Castro, Sombra de Convite |
Os azulejos holandeses eram geralmente diferenciados dos portugueses devido as suas molduras. Molduras simples som um efeito de meios círculos, só de uma cor e simplesmente a contornar o interior do azulejo, eram Holandeses.
No entanto os azulejos Portugueses faziam da moldura mais uma forma onde expressar a sua arte e fazer com que a peça fosse ainda mais grandiosa e bela, usando mas molduras cornucópias, espirais, motivos religiosos etc. As molduras acabavam por ser também objecto de contemplação. As camélias eram usadas na nos azulejos nos azulejos portugueses de influencia oriental e as parras de influencia espanhola.