segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Execução da peça

Bloco de plasticina inicial






Peça final- frente





Peça final- trás

Relatório da Aula de Cerâmica

Técnicas


Lastra: Cortamos com a ajuda do garrote o barro, faz-se uma lastra com o auxilio das réguas e do rolo da massa. De seguida faz-se um cubo com incisões de cada um dos lados das junções e coloca-se a lambujem.
Ao juntar retira-se os excessos de lambugem.

Vazamento ou modelação a partir de um bloco: Cortar o bloco com o garrote  (fazer uma marca no sitio da separação para saber onde voltar a juntar) escavar o interior com 1 cm a toda a volta com o teque de escavar e de seguida alisar com o teque de modelar. Depois de unir os dois pedaços da peça aplicando as incisões necessárias e a lambujem. Fazer incisões a toda a volta da peça em sentidos contrários, aplicar a lambugem e preencher os espaços deixados com pedacinhos de barro.

Técnica da bola: Moldasse uma bola com o barro, de seguida com o polegar perfura-se a bola e estreita-se as paredes da bola pressionando o polegar contra os outros dedos até estas ficarem com sensivelmente 1 centímetro.

Técnica de rolinhos: Cortar com o garrote e fazer novamente uma lastra. Cortar a base da peça a partir da lastra já feita e depois fazer rolos para construir as paredes da peça, não esquecer de fazer incisões e pincelar com lambujem o rolo ao longo da montagem da paredes para que estas não de descolem nem partam. Alisar as paredes no fim.


Secagem:
Agora que já temos a peça moldada segue-se o período de secagem. É um processo lento e quando a peça é complexa á a necessidade de a ensacar para que fique mais protegida. A peça deve estar resguardada do sol e das correntes de ar. Este processo consiste na eliminação da maior quantidade possível de humidade existente na peça de modo que as mesmas diminuem ao passar por este processo, visto que o espaço que era antes ocupado pela agua agora será ocupado por barro. A peça fica também mais clara.



Cozedura
Após a secagem a peça vai ao forno.
Patamares de secagem – <50º durante 2h <100º durante 2h até aos 350º/450º.
Depois desse 1º patamar
Programar o forno para cozer ate aos 1000º aumentando 60º a cada 1h.
Quando o forno atingir os 1000º, espera-se que arrefeça e quando a sua temperatura interior rondar os 150º abre-se a porta devagar.
Quando a temperatura estiver a 100º ou menos já se pode abrir a porta e retirar as peças, com luvas próprias para esse efeito.

Apenas a partir dos 550º é que se pode considerar que as peças perdem a humidade de existência.




Pintura das peças
 Depois de secas e cozidas (chacota) podemos pintar com tintas ou vidrados. Voltam a ir ao forno a subir 120º por cada 1h até atingis os 1000º quando se dá a chegada a essa temperatura manter o forno a 1000º durante mais 30min para uniformizar os vidrados.



Majolica quando a peça esta chacotada dá-se  um mergulho com vidrado branco à base de oxido de estanho (vidrado estanhifero).
Depois pintar com tintas de água e ir ao forno.

Tintas



Cobre - Verde
Ferro – castanhos
Cobalto – Azul
Estanho – Branco
Chumbo – brilho vidrado

 

Glossário do material de cerâmica

-Teques de escavar: Servem para escavar o barro, retirando o interior das peças tornando-as ocas.

-Teques de modelar: Utilizam-se para modelar o barro, são um substituto dos dedos.

-Faca: Ajuda a alisar superfícies e a cortar.

-Serrilha: Serve para raspar superfícies de modo a criar texturas ou a unir formas.

-Rolo da massa: Dão auxilio na concepção de lastras ou placas.  

-Régua: Facultam na criação da espessura desejada á lastra.

-Fio ou garrote: Fio geralmente de nylon, que se utiliza para cortar o barro.

-Lambugem: é barro diluído em água e serve para unir formas e peças de barro.

Esponja ou Lixa: Alisa e uniformiza uma superfície.

Relatório Museu nacional do azulejo


Relatório Museu nacional do azulejo
Dia 28 de Setembro de 2010, a turma 10ºA da Escola Secundária Artística António Arroio foi ao Museu Nacional do Azulejo que se encontra no antigo Convento da Madre de Deus, em Lisboa, com a disciplina de Projecto e Tecnologias com o objectivo de ficar a saber mais acerca da história do azulejo e as técnicas utilizadas na sua concepção.
Agora sucedem-se descrição das informações arrecadadas durante a Visita de estudo:
O azulejo é uma barra de barro cozido, pintada e vidrada num dos seus lados. O barro é um material derivado da natureza e alterna conforme a quantidade e qualidade de misturas de ferro. A cor de barro altera-se consoante essas mesmas misturas, devido a esse facto existe o barro branco e vermelho.

Para fazer um azulejo:
Calcamos o barro ainda húmido num molde com o tamanho escolhido para o azulejo, de seguida tira-se os excessos com um raspador e depois de seco e cozido retira-se o azulejo do molde.
Depois de termos a nossa placa lisa há que começar a imaginar obras para fazermos da placa uma obra de arte, e para isso existem variadíssimas técnicas para trabalhar o azulejo:

Técnica da Aresta - Levantam-se pequenas arestas que fazem de barreira às variadas cores impedindo que as mesmas se misturem quando a peça vai a cozer. Esta técnica é geralmente feita em moldes que permitem o produção de azulejos iguais e em série.
Técnica da Corda Seca – é utilizado óleo de linhaça e óleo de manganês, que evitam que as cores se misturem durante a cozedura. 


Técnica do Alicatado – a superfície é coberta e vidrada com a mesma cor, depois de cozida obtêm-se azulejos de uma só cor que são cortados em pedaços de diferentes tamanhos com a ajuda de um alicate. Faz-se uma composição com esses pedaços e construímos uma espécie de mosaico.  
Técnica da Faiança ou Majólica  – foi inventada em Itália, e revolucionou o mundo dos azulejos, porque passou a permitir um maior leque de opções na concepção dos azulejos pois assim o desenho nele gravado poderia ser muito mais complexo. Depois da primeira cozedura aplica-se um pó branco concebido através de óxido de estanho e óxido de chumbo. Em seguida faz-se segunda cozedura. Muitas vezes a ilustração faz-se através de uma técnica em que o desenho é feito a carvão através de papel picotado.

Curiosidades:
 Os azulejos Hispano-mouriscos, foram inventadas pelos mouros, têm um resultado semelhante  aos mosaicos romanos e a técnica do alicatado.
Os azulejos são cozidos em fornos cerâmicos chamados Muflas e podem chegar a estar uma semana a cozer á temperatura de 1000 graus.

 
O enxaquetado é usado como cobertura de grandes superfícies como as igrejas ou os mosteiros. A sua disposição é feita de forma diagonal. É usado em Portugal no século XVI até meados do século XVIII.

Portugal foi dos países  pioneiros  a contactar com a Porcelana Chinesa. Justamente por isso, os Portugueses vão utilizar o azul e o branco e essas duas cores marcam Portugal no que toca aos azulejos e cerâmicas no século. IIXX.

Após o terramoto de 1755 a grande novidade foi o emprego de painéis de azulejos no lado de fora dos edifícios, pertinente à necessidade imprevista da reconstrução da cidade de Lisboa o que levou também à ascensão do seu efeito estético que deu à cidade uma maior abundância e riqueza artística

As figuras de convite, eram recortadas com a técnica  do alicatado, são características dos séculos XVIII e XIX. Representavam indivíduos de alto estatuto vestidas a rigor, localizadas em pontos de entrada em gesto de boas vindas ou indicando por vezes lugares da casa ou palácio onde se encontravam.

Lurdes Castro, Sombra de Convite
Os azulejos holandeses eram geralmente diferenciados dos portugueses devido as suas molduras. Molduras simples som um efeito de meios círculos, só de uma cor e simplesmente a contornar o interior do azulejo, eram Holandeses.  



No entanto os azulejos Portugueses faziam da moldura mais uma forma onde expressar a sua arte e fazer com que a peça fosse ainda mais grandiosa e bela, usando mas molduras cornucópias, espirais, motivos religiosos etc. As molduras acabavam por ser também objecto de contemplação. As camélias eram usadas na nos azulejos nos azulejos portugueses de influencia oriental e as parras de influencia espanhola.

Azulejo Contemporâneo









Esboços de possíveis peças de cerâmica










esboços daquela que irá a ser a peça final.